Após o prazo de entrega do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), com exceção de alguns municípios gaúchos impactados pelas chuvas de maio, a Receita Federal divulgou as destinações realizadas para os Fundos da Criança e da Pessoa Idosa. O crescimento no estado superou as projeções iniciais, com o Rio Grande do Sul recebendo um total de R$ 101 milhões, significativamente maior do que os R$ 36 milhões do ano anterior. Destas destinações, 30% foram feitas por contribuintes locais e 70% por contribuintes de outros estados.
Destaca-se o caso de Roca Sales, que terá um aporte de mais de 30 vezes o potencial local, recebendo cerca de R$ 3,4 milhões. Já Porto Alegre terá R$ 8 milhões destinados aos fundos, o que representa um aumento em relação aos R$ 4,6 milhões do ano passado.
Canoas, cidade vizinha à capital, receberá R$ 8 milhões, sendo que apenas cerca de R$ 400 mil foram destinados por contribuintes locais, com o restante vindo de fora. Eldorado do Sul, também na região metropolitana de Porto Alegre, receberá R$ 1,5 milhão, um valor 40% superior ao potencial das declarações locais.
As doações podem ser direcionadas para fundos da Criança e do Adolescente, Pessoa Idosa, projetos sociais, ambientais, culturais ou esportivos, limitadas a até 6% do imposto devido. Os contribuintes podem selecionar o estado e a cidade para os quais desejam destinar as doações ao preencher a declaração. Aqueles que já submeteram a declaração podem retificá-la para incluir as doações.
Para quem deseja doar um percentual maior, o valor adicional não será deduzido do imposto a pagar. A opção de doar para projetos sociais está disponível apenas na declaração completa, não sendo válida para a versão simplificada. O valor das doações é deduzido diretamente do imposto a pagar ou a ser restituído. Aqueles que optarem por doar diretamente a instituições poderão informar essas doações na declaração do imposto de renda do próximo ano (2025). É necessário que a instituição emita um comprovante para que a doação seja dedutível do imposto devido, sendo esta opção sujeita à supervisão de conselhos municipais, estaduais, distritais ou nacionais.

Henrique Pazin – Conhecido como “HP”
Assessor de imprensa e redator desde 2012, viajante & workaholic