O que fazer se o seu celular for roubado e como proteger os seus aplicativos bancários – Dicas de Serviços Financeiros

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No Carnaval, nos blocos de rua, nos desfiles e em qualquer aglomeração, é importante redobrar os cuidados na hora de proteger os itens pessoais, especialmente o celular. No meio de tanta festa e multidão, muitos criminosos se aproveitam para roubar esses itens e fazer verdadeiros “saques” nas contas bancárias dos donos daqueles aparelhos.

Durante o pré-Carnaval em São Paulo, 20 pessoas foram presas com 83 celulares e 146 cartões de crédito nos bloquinhos de rua, de acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.

Para se proteger, existem maneiras mais eficazes, tendo em vista que a maioria das pessoas usa os smartphones praticamente como uma extensão de sua carteira. O Valor Investe listou algumas estratégias consideradas fundamentais por especialistas em cibersegurança.

Mesmo se o aparelho tiver sido furtado enquanto estava bloqueado, as medidas citadas pelos especialistas devem ser usadas. Isso é necessário, pois muitas quadrilhas se especializaram em burlar sistemas de segurança, como biometria, reconhecimento facial ou senha.

As dicas para se proteger incluem desde o bloqueio daquele celular com cuidados nas escolhas e armazenamento de senhas, até o bloqueio do IMEI do celular. O IMEI funciona como se fosse o número da “carteira de identidade” do aparelho. Ao bloqueá-lo, o usuário impede que um chip instalado naquele smartphone tenha uma linha de telefone ou internet daquela operadora que funcione ali.

Se o usuário descobrir que é possível bloquear o aparelho usando o IMEI após o roubo, também é possível achar o código estando sem o celular. No caso dos aparelhos com sistema operacional Android, o usuário deve acessar o serviço “Encontre meu dispositivo”, por meio do site do Google, e clicar no ícone “I” ao lado do nome do celular. Para quem tem celulares com sistema iOS, o serviço chama-se “Buscar meu iPhone” e pode ser encontrado no site da Apple. No menu “Dispositivo”, basta clicar no ícone do celular perdido que o número de IMEI será exibido.

Bloquear o IMEI não é o suficiente, pois ao se conectar em uma rede Wi-Fi, os criminosos podem ter acesso novamente àquele aparelho. Por isso, uma segunda coisa que o usuário pode fazer é bloquear o seu chip por meio do PIN, o Personal Identification Number. Nesse caso, mesmo se o aparelho for reiniciado, o sistema operacional exigirá o número do PIN para habilitar aquele chip. Sem isso, ele não poderá fazer ou receber chamadas, nem enviar mensagens ou receber notificações.

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Para ativar o PIN, basta ir no menu “Ajustes” ou “Configurações” e ativar o recurso dentro do menu “segurança”. Esse passo é importante, pois muitos bancos usam SMS e ligações como mecanismos de recuperação de senha. Portanto, se aquele criminoso usar seu chip em outro aparelho, ele pode conseguir acesso às suas contas bancárias usando o recurso do “Esqueci minha senha”.

Outra dica importante é cadastrar um outro número para essas recuperações de senha e fazer o mesmo na famosa “autenticação de dois fatores”. A autenticação em dois fatores nada mais é do que a necessidade de um código para entrar em um aplicativo ou conta de e-mail, além do login e senha. Esse código é gerado aleatoriamente e dura poucos segundos. Ele é enviado para algum endereço de e-mail ou número de celular. Portanto, se o usuário cadastrar o seu próprio número, os criminosos podem fazer aquele login, pois receberão o SMS ali naquele aparelho. A solução é cadastrar outro número ou um endereço de e-mail alternativo. Existem ainda aplicativos de autenticação por dois fatores, como Google Authenticator, Microsoft Authenticator ou Authy. Em caso de perda do celular, todos eles fornecem os códigos de backup que devem ser salvos em um local seguro.

Uma segunda opção para impedir que os criminosos tenham acesso ao aparelho (e aos dados presentes nele) é formatar o aparelho à distância. Para quem tem iPhone, o comando deve ser feito por meio do site do iCloud. Para quem usa celulares com sistema operacional Android, isso pode ser feito por meio de softwares de antivírus. Formatar o aparelho é mais seguro do que apenas bloqueá-lo, pois ao formatar, tudo que estava nele será apagado, incluindo os aplicativos de bancos e senhas salvas.

Além disso, é importante checar mecanismos de segurança e limitar valores de movimentações nos aplicativos dos próprios bancos. Muitos bancos passaram a disponibilizar mecanismos de segurança dentro de seus aplicativos, incluindo a possibilidade de limitar os valores que podem ser transferidos via Pix, TED ou no pagamento de boletos diariamente. Em algumas instituições, existe a possibilidade de acionar esse limite apenas quando o celular é usado fora de casa.

Por fim, é importante não usar senhas repetidas e não deixar o cartão de crédito salvo no aparelho. Embora seja mais fácil, por questão de segurança, o ideal é preencher o número do cartão de crédito a cada compra feita online.

Todas essas medidas são fundamentais para proteger seus aplicativos de banco e outras informações pessoais em caso de roubo ou furto de celular. Se nada aconteceu com você até agora e você está lendo essa matéria por precaução, já anote o número do seu IMEI em algum lugar seguro. Para saber qual é o seu IMEI, basta entrar na tela de ligação do seu celular e digitar *#06#. O número aparecerá imediatamente, junto de outras informações daquele dispositivo. Você, então, deve anotar o código em um lugar seguro.

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