Abandono de Biden: Sobrecarga de informações pode afetar nossa análise | Artigo por Hudson Bessa

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Depois de várias semanas enfrentando uma crescente onda de pedidos e cobranças, Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, finalmente cedeu às pressões e desistiu de concorrer à reeleição pelo partido democrata. Não foi uma decisão fácil para ele. Desde seu desastroso desempenho no debate com Donald Trump, em 27 de junho, a imprensa, os doadores de campanha e as lideranças do partido vinham se manifestando a favor de sua renúncia, publicamente ou não. No próprio domingo, dia 27 de julho, a imprensa e os sites de notícias já especulavam sobre quem seria o novo candidato do partido democrata, as implicações na corrida eleitoral e os efeitos no mercado financeiro, principalmente nos preços dos ativos e nos investimentos. Como é comum, a ansiedade domina em momentos como a eleição americana, onde parece haver uma disrupção iminente. A busca por mais informações para embasar a melhor decisão é incessante, o que gera estresse. Estudos mostram que ter mais informações não necessariamente melhora a precisão das previsões, mas aumenta a confiança daqueles que as fazem. No cenário atual, não são esperadas grandes surpresas nas eleições dos Estados Unidos, pois os programas dos democratas e republicanos são bem conhecidos. A absorção excessiva de informações pode levar à fadiga e não melhorar as previsões. Até mesmo analistas financeiros podem ter suas previsões prejudicadas pelo excesso de informações. A saída de Biden da corrida presidencial pode mudar o cenário a favor dos democratas, mas segue sendo favorável a Donald Trump. Como dizia Paulinho da Viola na música “Argumento”, é importante agir com calma e tranquilidade em momentos de nevoeiro.

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